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A Gazeta de Pinheiros apresenta uma coluna especial, hoje escrita por arquitetos e urbanistas, com o título CONTOS CONCRETOS, que contribuirá com histórias culturais importantes para a cidade, refletindo nas melhorias das regiões atendidas pelo Grupo 1 de Jornais
ARQUITETOS 1964 - 2025
No último dia 1º de fevereiro, nos reunimos para comemorar sessenta anos de profissão.
Em 1959, quase entrando na década de 1960, ingressamos na Universidade, em uma época lendária pós-Brasília (1958), movidos pela desafiadora cultura do período e pela esperança de um mundo melhor.
Fomos recebidos pelos veteranos na Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie, que estavam em greve havia três meses, lutando pela federalização da instituição, algo que nunca se concretizou. Éramos 60 alunos em um curso caro, de período integral, com cinco anos de duração e 6.300 horas curriculares. Contávamos com um quadro de professores fortíssimo, arquitetos vindos do exterior, além de intercâmbios, bienais, exposições, concursos, encontros e congressos nacionais e internacionais para estudantes.
Em 1963, organizamos a apresentação da “Bossa Nossa II” – nome derivado da Bossa Nova –, com a participação de Vinicius de Moraes, Baden Powell, Carlos Lyra, Zimbo Trio, Sérgio Mendes, Paulinho da Viola e Zé Kéti, que trouxemos para lotar o Auditório Rui Barbosa.
O ideário prospectivo, no entanto, não durou muito, pois o avesso chegou em 1964.
Perseguições e ameaças marcaram o período, e oito professores foram demitidos da escola (*). Diante desse cenário, nosso último ano foi garantido pela generosidade dos arquitetos Frans Heep e Elisiário Bahiana, assim como dos engenheiros Roberto Zuccolo e Roberto Monte. Com o apoio do Diretório Acadêmico da Faculdade de Arquitetura Mackenzie (DAFAM), presidido pelo colega José Carlos Ribeiro de Almeida, sustentou-se a primeira experiência nacional pedagógica de um “ateliê vertical e integrado de arquitetura e urbanismo”.
Só nos restava seguir os caminhos traçados o quanto antes.
Em janeiro de 1965, sob uma chuva torrencial e vestindo trajes solenes, recebemos nosso patrono de formatura, Oscar Niemeyer, que foi escoltado por policiais até o Teatro Municipal. Lá, deixou-nos um breve recado: “Agora, só posso desejar boa sorte a vocês.” Em seguida, o levamos de carro ao Rio de Janeiro, de onde, naquela última noite, partiu para deixar o Brasil. Joaquim Guedes fez seu discurso como nosso paraninfo.
Nossa turma sentiu na pele a escura transição política brasileira. A luz veio, em parte, do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), cercado por excelentes escritórios de arquitetos e professores aos quais tínhamos o. Paralelamente, assistíamos a cursos na Faculdade de Filosofia da USP, na Rua Maria Antônia, e estudávamos na biblioteca da FAUUSP, na Rua Maranhão, ao lado de outros estudantes. Esse ambiente foi um contraponto aos desafios da década de 1960.
Cientes de que fomos estudantes e arquitetos entre duas filosofias de vida, sentimos que somos transmissores de duas gerações de profissionais que se destacaram na produção da arquitetura e do urbanismo em São Paulo. Ainda em curso, como terceira geração, nosso ideário é contribuir com a sociedade. Nessas seis décadas, acreditamos estar deixando, mais do que um nome, um relevante legado cultural de projetos, planejamentos, desenhos urbanos, instituições profissionais, prêmios, concursos vencidos, obras e das demais artes que compõem a profissão, como escultura, pintura e design de objetos. Além disso, temos professores atuantes e doutores espalhados por São Paulo, pelo Brasil e pelo exterior. Registraremos nos próximos encontros depoimentos gravados.
Nota (*) Arquitetos Eduardo Corona, Fabio Penteado, Breno Cirino Nogueira, Ubyrajara Gilioli, Ubirajara Ribeiro, Francisco Petraco e Wesley Duque Lee e engenheiro Roberto Rossi Zuccolo.