Moradores de diferentes regiões da cidade de São Paulo têm relatado um aumento preocupante na presença de escorpiões, inclusive em bairros como Butantã, Morumbi e Perdizes, todos localizados na zona oeste da capital. Os animais vêm sendo encontrados nas ruas, em jardins, dentro de casas e até mesmo em apartamentos de prédios residenciais.
Um caso emblemático ocorreu no dia 1º de maio, em Perdizes, na rua Palestra Itália. O chef de cozinha Paulo Afonso foi picado por um escorpião enquanto cuidava das plantas na varanda de seu apartamento. A princípio, não se preocupou com o ferimento, mas ao longo do dia começou a sentir sintomas graves como febre, vômitos, sudorese intensa e oscilação na pressão arterial. Ele precisou ser atendido em um hospital, onde recebeu soro antiescorpiônico e antibióticos. O caso despertou alerta no prédio, onde outros moradores também já haviam encontrado escorpiões, mesmo com a dedetização em dia.
Segundo a prefeitura, foram registrados cerca de 200 acidentes envolvendo escorpiões em 2025. A istração municipal afirma realizar ações de limpeza em áreas públicas e notificar proprietários de terrenos baldios para que mantenham seus lotes limpos, como forma de controle e prevenção.
Especialistas destacam que os escorpiões se adaptam com facilidade ao ambiente urbano, escondendo-se em entulhos, frestas, ralos e locais úmidos. A recomendação é manter casas e jardins limpos, vedar rachaduras e frestas, usar telas em ralos e aberturas de ventilação, afastar móveis das paredes e evitar o acúmulo de lixo e materiais orgânicos.
Em caso de picada, o ideal é lavar o local com água e sabão e procurar atendimento médico imediatamente. Se possível, uma foto do animal pode auxiliar no diagnóstico e tratamento adequados.
O aumento de casos evidencia a necessidade de ações conjuntas entre poder público e população para conter a proliferação desse tipo de praga urbana.
