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“Woked”

Rogério Candotti | [email protected] | blogdorogerinho.wordpress.com

21/11/2024 23h34 - Atualizado em 21/11/2024 às 23h34
O Maravilhoso Mágico de Oz é o maior e mais importante conto de fadas da cultura norte-americana, publicado em 1900 por L. Frank Baum (1856 – 1919), cuja coleção superou 40 livros, incluindo Wicked, adaptado à Broadway em 2003 e no cinema a partir de 21 de novembro de 2024. Numa interpretação política, aquele mágico fajuto simboliza um ditador astuto governando através do medo a classe operária menos favorecida como massa de manobra. Contudo, para as crianças puras de coração O Mágico de Oz (1939), disponível no Max, é um mundo perfeito e equilibrado, uma vez que o Norte e o Sul são governados por bruxas boas, jovens e bonitas, enquanto o Leste e o Oeste são governados por bruxas más, velhas e feias. Existe ainda um paralelo evidente entre esse mundo ideal, feito de criaturas fantásticas, em oposição a vida entediante do Kansas, onde os protagonistas representam aqueles com quem Dorothy convive diariamente. O Espantalho representa o homem do campo automatizado: sem tempo para pensar; enquanto o Homem de Lata é o trabalhador urbano impossibilitado de expressar sentimentos em razão da vida estressante da cidade grande; já o Leão Covarde lidera com louvor a comunidade onde mora, embora tenha medo de sair daquela zona de conforto e ocupar cargos maiores e mais ousados. Entretanto, sabedoria (cérebro), bondade (coração) e coragem (virilidade) são virtudes válidas apenas quando colocadas em prática, segundo Aristóteles. Dessa forma, a personagem vivida por Judy Garland está protegida pelo sapatinho mágico; a exemplo do sinal na testa de Caim concedido por Deus, pois, sua jornada é de autoconhecimento e amizade pela estrada de tijolos amarelos em espiral até a unidade: concluindo não existir lugar melhor que o lar.
É costume da Cultura Woke desconstruir heróis e humanizar vilões; deturpando os contos de fadas a fim de interpretá-los ao pé da letra ou como convier: seja por ignorância ou má intenção. Para eles não existe o bem ou mal já que beleza, bondade e juventude são relativas. Não foi à toa que a Malévola original ficou conhecida na cor verde, análoga à Saturno ou Cronos: devoradores dos filhos e transformados em escravos do tempo. Acontece que com a morte de Walt Disney, Malévola virou Angelina Jolie e a Madrasta má da Branca de Neve virou Galga Dot, confundindo assim as crianças acostumadas com os clássicos originais. Até os Orcs foram humanizados e Galadriel se apaixonou por Sauron na série do Prime Video O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder. Tolkien deve estar se revirando no túmulo agora.
Nesse sentido, Wicked: Parte 1 (2024) deveria se chamar “Woked” depois de humanizar a Bruxa Má do Oeste, oprimida no tempo de estudante por ter nascido com a pele verde. Elphaba Thropp (Cynthia Erivo) é a única estudiosa daquela escola de magia, sendo caridosa e prestativa com a minoria oprimida de lá, incluindo os animais sem lugar de fala. Ao contrário da futura Bruxa Boa do Norte, Galinda Upland (Ariana Grande): uma adolescente fútil sob o estereótipo da loira-burra, apaixonada por um príncipe tapado que incentiva os colegas a não estudar. Ocorre que essa interpretação identitária acaba invertendo as virtudes da obra original, sendo impossível determinar o certo do errado, principalmente aqueles adolescentes com ensino fundamental incompleto.
Existe ainda uma sequência de terror pouco conhecida da Disney em que Dorothy Gale (Fairuza Balk) retorna em O Mundo Fantástico de Oz (1985) para escapar de um tratamento de eletrochoque no hospício porque não conseguiu dormir desde que o Espantalho assumiu o trono na Terra das Esmeraldas no lugar do mágico de araque.
Oz: Mágico e Poderoso (2013), protagonizado por James Franco, rendeu meio bilhão a Disney após contar a origem daquele ilusionista do Kansas caído do céu num balão para seduzir três bruxas na terra de criaturas aladas e operários esforçados como os Quadlings, os Tinkers e Munchkins. No entanto, cuidar da frágil garotinha de porcelana foi o que deu sentido àquela vida feita de aparências, apesar de o povo estar constantemente ao seu lado e ainda disputar o amor de três belas bruxas — interpretadas por Michelle Williams, Rachel Weisz e Mila Kunis à la Carmen Sandiego

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